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CACAUICULTURA ALE-RR promove seminário sobre a cadeia produtiva do cacau em Caroebe

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CACAUICULTURA
ALE-RR promove seminário sobre a cadeia produtiva do cacau em Caroebe
Por Hora 1 Roraima

Evento de dois dias reúne produtores, técnicos e pesquisadores para discutir o potencial
econômico da cacauicultura em Roraima

Com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do cacau em Roraima, a Assembleia
Legislativa de Roraima (ALE-RR) promove, em Caroebe, o 1º Seminário Estadual sobre a
Cacauicultura. O evento iniciou nesta sexta-feira (2) e reúne produtores, técnicos,
pesquisadores e representantes de instituições financeiras para discutir inovações
tecnológicas, sustentabilidade e acesso ao crédito fundiário.

A cacauicultura desponta como uma das alternativas econômicas mais promissoras para o
Estado, especialmente na região Sul. Por isso, o seminário busca orientar quem já cultiva o
cacau e incentivar novos investimentos na atividade, com foco na geração de renda,
desenvolvimento regional e fortalecimento da agricultura familiar.

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A estudante de Agronomia Andressa Wandscheer participa do evento e integra um projeto da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre produção de cacau no sul de
Roraima. Para ela, a iniciativa é essencial para o futuro do setor.

“Esse seminário traz conhecimento e esperança para os produtores. Ter instrutores
experientes, que compreendem a cultura do cacau desde a semente até o fruto, faz toda a
diferença”, destacou.

O agricultor Rosinaldo Dias cultiva cacau em uma área de 2,5 hectares, além de produzir
banana, café e laranja. Atualmente, ele utiliza o sistema seminal, no qual as mudas são
originadas de sementes. Com o seminário, espera aprender sobre o cultivo clonal, que une
material genético visando maior produtividade e resistência a pragas.
“Será bom para todos nós produtores aqui da região. O cacau clonal representa um avanço
para a produção local”, afirmou.

O presidente da ALE-RR, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), reforçou o
compromisso da Casa com o desenvolvimento do setor primário.
“A Assembleia acredita na produção de cacau como alternativa de renda para pequenos e
médios produtores. O cacau é originário da Amazônia e tem mercado global. Nosso papel é
contribuir com a organização dessa cadeia produtiva”, ressaltou.

O deputado Armando Neto (PL), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca,
Aquicultura e Política Rural, também destacou o valor da cultura cacaueira.
“O cacau tem alto valor agregado e grande demanda. Sem dúvida, ele pode impulsionar a
agricultura familiar em Roraima, que já tem se destacado pela diversidade e qualidade da
produção”, pontuou.

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Potencial agrícola e sustentável

Palácio Antônio Martins – Praça do Centro Cívico, 202 – CEP: 69.301-380 – Boa Vista – Roraima – Brasil – Site: www.al.rr.gov.br
Além do retorno financeiro, o cultivo do cacau traz benefícios ambientais, por ser comumente
adotado em sistemas agroflorestais. Essa prática contribui para a preservação da vegetação
nativa, promoção da biodiversidade e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, como a
fixação de carbono. O impacto ao solo também é reduzido, em comparação com outras
culturas, o que torna a cacauicultura uma opção ambientalmente mais sustentável.

Juarez Pereira, representante da Associação Nacional dos Produtores de Cacau, reforçou a
necessidade de investimento em tecnologia.

“O cacau é viável economicamente, justo socialmente e sustentável ambientalmente. Mas para
que essa atividade se fortaleça, é fundamental o acesso à tecnologia, crédito, e regularização
fundiária e ambiental”, explicou.

Brasil é o 5º maior produtor mundial

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O Brasil produz de 200 mil a 300 mil toneladas de cacau por ano, ocupando a quinta posição
no ranking mundial. Em Roraima, a produção ainda é recente, iniciada por volta de 2019, mas
apresenta grande potencial. A expectativa é que 2025 marque a primeira grande colheita
comercial, uma vez que o ciclo da planta até a frutificação leva, em média, cinco anos.

Em 2023, uma produção experimental resultou na colheita de 80 toneladas de amêndoas
secas, destinadas a Rondônia e, posteriormente, exportadas para o mercado internacional.
A empresária Claudete Novaes, de Rondônia, foi uma das palestrantes do primeiro dia e
abordou o acesso ao crédito fundiário como ferramenta essencial para impulsionar a
produção.

“Estamos trazendo informações valiosas sobre os benefícios do crédito para viabilizar o
cultivo do cacau, especialmente para os pequenos produtores que desejam iniciar essa
atividade com segurança e sustentabilidade”, disse.

A programação do primeiro dia incluiu palestras sobre inovações tecnológicas, rodas de
conversa com especialistas e instituições financeiras. No sábado (3), os participantes também
visitarão uma unidade produtiva da região, onde serão realizadas atividades práticas com
orientação técnica especializada.

Texto: Isabela Bastos
Fotos: Alexsandro Carvalho
SupCom ALE-RR
02.05.2025

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Jornalista com experiência em cobertura política e social em Roraima. Atua com dedicação em reportagens de impacto e busca sempre trazer informações precisas e relevantes para seus leitores. Com uma trajetória de comprometimento e ética, contribui para o fortalecimento do jornalismo local. Atualmente, faz parte da equipe do Hora 1 Roraima.

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